sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Jesus, Milagreiro e Exorcista


Livro da coleção Estudos Bíblicos da editora Paulinas, cujos autores são Luigi Schiavo e Valmor Silva. Cerca de 100 páginas, leitura agradável e importante. Mostra o contexto histórico durante a época de Jesus para mostrar a importância dos milagres e exorcismos feitos pelo Messias. Aliás os autores mostram que era uma época de muitos "messias" e por isso a necessidade de Jesus mostrar que Ele era o filho de Deus. O livro está organizado assim:
I. Em busca do Jesus da Cura
II. Dominação e resistência no Império Romano.
III. Pobres e doentes
IV. A Bíblia e os espíritos destruidores da vida
V. Espíritos, curas e exorcismos na tradição judaica
VI. Jesus, profeta popular, milagreiro e exorcista
VII. O projeto de Jesus

Recomendo a leitura. Ótimo texto.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Adam, o amado de Deus


O título é de um livro de Henri J. M. Nouwen. Não é o livro mais conhecido dele (que acredito ser "A volta do filho pródigo") e também não deve ser o melhor. É de fácil leitura, "papo reto", li em dois, ou três dias. Foi indicado para mim como uma história emocionante. Confesso que não teve esse efeito em mim. O livro faz um paralelo entre a vida de Adam e a vida de Jesus. Adam era uma criança com sérias deficiências físicas e mentais e viveu assim até os 34 anos quando faleceu. O contato das pessoas com Adam as transformavam, porque ele era totalmente dependente de cuidados. Causava reflexão. De 1 a 5, dou nota 3 para o livro.

Tive um tio deficiente físico que faleceu em dezembro de 2009. Walter era seu nome. Essa morte sim teve efeito em mim. Mas ele está com Deus agora, assim como Adam.

Rabanada e Chamado

Quase Natal. Abro o Novo Testamento que tenho perto de mim no Evangelho de Marcos, aqui o nascimento de Jesus não é contado. O que importa é o Jesus adulto anunciando a Boa Nova. Chegou o Reino de Deus. "Convertei-vos e crede na Boa Nova".
"Aceita uma rabanada?" Perguntou-me uma senhora simpática com uma bandeja repleta de rabanadas. Uma das melhores coisas do Natal. Enquanto degusto a rabanada acompanho na Bíblia o chamado dos primeiros discípulos de Jesus: os pescadores André, Simão, João e Tiago. O convite era para que fossem pescadores de homens. E eles foram com Jesus. E não havia rabanadas ali, só gente sofrida, doentes, prostitutas, marginalizados de modo geral. Doce ali, só a presença consoladora de Jesus levando visão aos cegos, perdão dos pecados, libertação e salvação. Doce Jesus!
Estamos em festa. Época de comelança, troca de presentes, multidões nas ruas, nos shoppings, alguns ladrões também. Nas igrejas também há festa, cantatas de Natal, gente bem vestida com suas roupas novas. Os cartões de crédito sendo muito utilizados.
Mas e a doce consolação de Jesus? E os pescadores de homens anunciando a nova vida? Essa presença entre marginalizados, onde está?
Senhor, faz-me agir segundo o verdadeiro espírito do Natal, conforme leio em Lucas 4,18-19. Faz com que meus irmãos em Cristo também queiram agir assim. Perdoa minha omissão e dos meus irmãos. Dá-nos força de vontade para agir. Obrigado, Senhor. Amém!

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor." Lc 4,18-19.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Deus tem "saudade" de você

Quando Deus criou o mundo, criou também a humanidade e vivia em harmonia com ela, representada pelo casal Adão e Eva. O casal vivia, por sua vez em harmonia com o restante da criação, mas um deslize rompeu com essa relação harmoniosa e a partir daí ficamos todos "ao Deus dará". Expressão curiosa porque encerra o significado de abandono, embora, literalmente, ainda transmita a ideia da providência divina.
Vivendo por conta própria o homem construiu seu caminho com erros e acertos, mas Deus com "saudade" da antiga relação sempre tomou atitudes para restaurar o antigo relacionamento. Foi assim com Moisés, com os Juízes, com os profetas, etc. Deus procurava restabelecer a ligação, mas o homem só queria saber de Deus quando passava por dificuldades e a justiça de Deus cobrava fidelidade. A Lei não resolveu o problema. O homem não conseguiu cumpri-la. Chega então o Messias, o filho de Deus, para cumprir a Lei, mas também para ensinar algo mais eficiente do que a Lei: a Graça. A humanidade receberia o presente não merecido porque Deus nos ama e isto é maior do que a Lei. Jesus foi o padrão da Graça de Deus que deveria ser repetido pelos seus discípulos. O que inspirou Deus a tomar a iniciativa? A "saudade" que Ele tem de você. Deus ama você e quando você está afastado, ou indiferente a Ele, Deus tem "saudade". Ele quer você perto novamente para que aprenda um caminho "sobremodo excelente". Por isso, o apóstolo Paulo suplicava: "Rogo-vos reconciliai-vos com Deus".
Deus ama você e quer restabelecer a ligação por meio de Cristo, no Natal da reconciliação com Deus.

Ferragus de Balzac

Encontrei mais um livro em ótimo estado no sebo. Livro de bolso da editora LP&M - gosto muito de livros neste formato. Mais um autor clássico, Balzac, aquele que ficou mais conhecido por causa da obra: "A mulher de 30 anos", tal que mulheres nessa idade passaram a ser chamadas balzaqueanas. Porém, o livro que li foi "Ferragus, o chefe dos devoradores". Trata-se de uma trilogia com histórias independentes, mas com a participação dessa irmandade secreta: Os devoradores. Os especialistas em literatura elogiam muito a obra de Balzac, principalmente pelo "retrato" da sociedade parisiense da época dele. Por mim, achei a história bem "água com açúcar" e não pretendo ler Balzac por algum tempo. Tenho outros autores em mira. Foi bom para conhecer, mas é somente um romance razoável, que não entusiasma. Já leu? Pode comentar. Até a próxima.

sábado, 20 de novembro de 2010

"Sejam misericordiosos"

27. "Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam.
35. (...) porque Ele [Deus]é bondoso para com os ingratos e maus.
36. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso."
Lucas 6,27;35-36 (NVI).

Pés Cansados (Sandy)

Fiz mais do que posso
Vi mais do que agüento
E a areia dos meus olhos é a mesma
Que acolheu minhas pegadas

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível viver só
Mas num mundo sem verdade.

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Sem medo de te pertencer.
Voltam pra você.

Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.

Meus pés cansados de lutar
Meus pés cansados de fugir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você

http://letras.terra.com.br/sandy/1661604/ (com vídeo)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sargento Getúlio

Terminei de ler Sargento Getúlio de João Ubaldo Ribeiro. Lembrei daquelas brincadeiras que circulam na internet com relação ao Chuck Norris, exaltando as habilidades do lutador.
Bom, se Chuck Norris encontrasse o Sgt. Getúlio ele perderia a majestade. Cabra macho mesmo é o Sgt. Getúlio (rsrsrs), que mata com peixeira que tem anzol na ponta pra trazer as tripas do cabra depois da estocada. Depois vou editar este post com algumas máximas do sargento.
Algum tempo depois (20/11/2010).
Foi mais difícil do que eu pensava encontrar algumas frases do sargento. Para não dizer que não postei nada deixo uma:
"Se quer fazer uma coisa, não converse. Se não quer, converse."
O sgt. Getúlio disse essa frase quando assassinou sua mulher, porque esta o traiu. Ela estava grávida! A mulher olhava para ele como quem queria argumentar algo, mas o "cabra" estava decidido.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um convite para chegar ao coração de Deus

Leia Neemias capítulo 1. São apenas 11 versículos. Ali aprendemos que i) a oração deve ser uma atitude de humildade, ii) é simples, mas muito importante, iii) a oração para os outros é uma atitude de compaixão, de amor ao próximo, iv) orar é aprender a esperar e v) a oração pode se transformar em atitude.
Também é possível identificar na oração de Neemias: O louvor a Deus (v.5), a confissão dos pecados(v. 6-7), o reconhecimento das consequências do pecado (v.8) e que Deus está sempre pronto a perdoar quando há conversão (v.9) e finalmente, a petição de Neemias (v.11).
Orar é chegar ao coração de Deus, ensina Richard Foster. É um refúgio para a alma, ato de liberdade. Não é uma obrigação, mas um ato gerado por amor daquele que tem um relacionamento com o Pai. E quando orar e estiver chegado ao coração do Pai, aproveite e leve outros convidados com você, intercedendo por eles. E talvez, quem sabe, se torne depois uma atitude na vida daqueles por quem intercedeu. Assim como foi com Neemias, uma oração que deu início a uma grande tarefa. Neemias chorou e lamentou pela situação de seus irmãos, no desprezo e na miséria!
"O sacrificio aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás ó Deus". Sl 51,17
E ainda:
"Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito."
Sl 34,18.

Jacinto

Não é para falar do homem do sapato branco (os mais velhos lembram, os mais novos podem pesquisar na internet), mas de Jacinto. Este não é extrovertido e seu nome revela muita coisa sobre ele. Dizem que nomes têm influência sobre as pessoas, ou transmitem uma mensagem. Por exemplo, Débora significa abelha, passa a ideia de uma pessoa trabalhadora. Daniel significa Deus é meu juiz. Neemias significa Deus consola. A Bíblia está repleta de outros exemplos. Porém nosso amigo não tem um nome bíblico. O nome dele está ligado aos sentimentos. Este sujeito tem uma sensibilidade e tanto. É um sonhador, embora isto não signifique que viva no mundo da lua. Ele possui uma boa noção da realidade e a vida tem ensinado mais ainda. Jacinto é um jovem que chegou a desacreditar nas pessoas porque elas não são leais e estão sempre procurando seus próprios interesses. E em nome disso estão dispostos a qualquer coisa. Mas ele hoje sabe que estão todos procurando sua felicidade e isso às vezes significa decepcionar outras pessoas na busca por esse sonho. Ele não idealiza mais as pessoas, nem a amizade, nem o amor, nem o convívio social. Mas ele não se tornou um pessimista como alguns. Ele ainda entende que é possível conjugar a busca pessoal pela felicidade e a amizade, o amor, etc. E não há quem não se machuque na vida. Entretanto, fomos dotados de uma fantástica habilidade de nos recuperarmos das quedas que a vida nos dá. E reconstruir, recomeçar, recriar...
Jacinto sente que gostar de alguém é a maior prova disso. Enquanto gostamos tudo gira em torno da pessoa amada, tudo fica animado por sentimentos bons e as substâncias liberadas pelo cérebro fazem o trabalho de nos dar grandes prazeres. Quando há separação tudo é dor (no início), depois começa a recuperação. E com o tempo estamos preparados novamente para compartilhar, nos doarmos para outra pessoa. Esse é o tempo de Jacinto. Tempo de reviver sentimentos assim, de querer se doar de novo, de acreditar que é possível ser feliz. Por isso, Jacinto sente que pode ser feliz, porque toda vez que encontra com Valéria fica sentindo a chuva que renova e traz vida. E dança com ela na chuva. Ela é o mar e Jacinto tem medo de se afogar, porque não sabe nadar, mas talvez ele consiga, mesmo sendo da terra, bom taurino que é, talvez ele consiga aprender a nadar, porque não há nada que não se possa aprender quando há a motivação adequada. E qual motivação melhor do que gostar de alguém? Há uma energia motriz nisso capaz das mais espantosas atitudes. Alguns (coitados!) matam, outros mais afortunados criam. Jacinto prefere criar. E ele sente que pode criar um ambiente para o amor, que ele todo se transforma na morada do amor e deixa tudo arrumado para Valéria chegar e ser bem recebida, sentir toda a boa vibração da morada. Toda a capacidade de cuidado, bem-querer, afeto. Tudo ali, concentrado. Vem Valéria e faz morada! Deixa Jacinto se aconchegar e também morar em você, porque como diz o poeta amar é mudar a alma de casa. E então abraçados e ajustados, quase são um, porque mesmo sendo diferentes há um sentimento capaz de unir corações e mentes. Já sinto no ar.

sábado, 9 de outubro de 2010

Vale a Pena Sonhar (Novo Som)

É preciso prosseguir
Pra vencer é preciso lutar!
Você não pode desistir
O maior erro é não tentar

Sempre vale a pena sonhar,
Os sonhos podem se realizar
É uma prova de acreditar
Que o impossível pode acontecer

Assim eu vou viver
Na esperança de um dia
Conseguir realizar o sonho
De ver você voltar a sorrir
Quando em seu coração
A luz de Deus voltar a brilhar

É preciso prosseguir
Pra vencer é preciso lutar
O sonho não acabou
O maior erro é não tentar

Sempre vale a pena sonhar
Os sonhos podem se realizar
É uma prova de acreditar
Que o impossível pode acontecer

Assim eu vou viver
Na esperança de um dia
Conseguir realizar o sonho
De ver você voltar a sorrir
Quando em seu coração
A luz de Deus voltar a brilhar

http://letras.terra.com.br/novo-som/1650935/
(com vídeo)

Não sou fã do Novo Som, mas essa música eu gostei. Principalmente do groovie. Letra também.

domingo, 19 de setembro de 2010

Amarindo

Amarindo acordou mais uma vez muito cedo para ir trabalhar, mas então lembrou que estava de férias. Ah, que sensação boa! Acordar cedo e não precisar trabalhar, pensou. Um dia inteiro para mim. Fazer só o que se quer, ou não fazer nada! Que bom! Amarindo gosta mesmo é de ler. Será que alguém não estaria interessado em contratá-lo só para isso? Ele ri da ideia. Levanta da cama, vai direto ao banheiro, sua atividade primeira do dia. Após a higiene, prepara o café fraco, como ele gosta, para tristeza de alguns. Mistura, no copo, duas colheres de leite em pó ao café fraco, pega um pão passa manteiga, acende uma boca do fogão e vai passando por cima o pão, até ficar queimadinho. Acrescenta uma pitada de sal e se refastela com aquele sabor sem igual. Abastecido pela manhã ele agora pode se dedicar ao que mais gosta: os livros. Um momento. Como se conta uma história de alguém que gosta tanto de livros? Ele vai passar as férias lendo? É sim. Pelo menos a maior parte do tempo. Se está achando chato, desista agora de acompanhar o Amarindo. Ele não vai se importar, porque ele se dá melhor com livros do que com pessoas. Quando enjoa de ler, ele levanta, dá uma volta pela casa, "fala" com os cachorros, depois apanha a guitarra e "faz um som". No início era guitarra muda porque não havia amplificador, porém agora ele já tem um e pode fazer barulho à vontade.
A manhã passou voando. Parada para o almoço, em seguida internet. Lê alguns e-mails, manchetes nos jornais, alguns vídeos e está pronto para voltar ao livro. Vai buscar na estante o segundo livro que está lendo. Este sobre História. Lamenta o fato de esquecer muito do que lê, mas como sua satisfação é a leitura, não se importa muito com isso. Pelo menos enquanto lê ele sabe. Depois esquece. Por isso ele não para de ler. Lê tanto que agora precisa de óculos e ficou corcunda (cuidado com a má postura!). E ainda tem o peso da guitarra, pesando de um lado. Talvez compense a corcunda, de alguma forma. A barba por fazer coça feito cachorro com pulga. A dor nas costas é agora crônica. Não quer saber de exercício, porque não gosta de suar. Ele quer agora é ser escritor, mas ainda falta talento para isso. Talvez nunca consiga escrever nada de importante, entretanto isto também não importa. Mas gostaria de ser lido por alguém algum dia e que gostassem de seus escritos. Já que não tem muitos amigos, seria amigos de outros por meio dos livros que escrevesse. Não é o que dizem? Que o livro é um grande amigo? Assim ele teria muitos amigos. Cansado de ler, levanta e vai tomar café. Gostaria de entender porque o poeta Augusto dos Anjos gostava tanto da morte e temas relacionados. Queria perguntar para ele. Já que não pode, procura ler o poeta procurando no próprio Amarindo a resposta. Alguém aí gosta de azedo? É. Sabor azedo. Alguém? Tamarindo é um fruto azedo, mas tem quem goste. Amarindo também encontrou muitos que gostaram dele. Não da maneira que ele gostaria, mas gostaram demais dele. E até alguma coisa que escreveu fez sucesso. Entre pacatos como ele, e entre gente alvoroçada que aprendeu a gostar de ler lendo Amarindo, porque Amarindo só escrevia sobre os livros que lia e como lia! Um dia encontraram o Amarindo já idoso e ele parecia um livro antigo. Todo amarelado, com manchas e amassado. Por fora uma capa dura, gasta pelo tempo, por dentro o miolo em bom estado. Azedo mas simpático o Amarindo. Forte para uma árvore velha, doce para um tamarindo. Amou rindo da vida.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por um Brasil verdadeiramente feliz!

No dia 12 de outubro de 1931 foi inaugurada a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. No dia 12 de outubro também é comemorado o “descobrimento” da América e, atualmente, o feriado do dia das crianças e, da considerada, padroeira do Brasil. Durante a cerimônia de inauguração do Cristo Redentor o cardeal Leme consagrou a nação “ao Coração Santíssimo de Jesus, reconhecendo-o para sempre seu Rei e Senhor”. O ato simbolizava também a participação católica no governo Vargas, que havia aprovado em abril daquele ano o ensino religioso nas escolas públicas. Muito tempo passou, mas ainda precisamos do senhorio de Cristo. Leio no Jornal Batista a declaração do pastor Fernando Brandão: “O poder transformador de Cristo na vida de uma pessoa é extraordinário, um verdadeiro milagre. Não basta o Brasil crescer economicamente. É preciso crescer espiritualmente no relacionamento com Deus. O senhorio de Cristo na vida de uma pessoa é a base para uma sociedade feliz.”
Gostaria de acrescentar ainda a declaração de David Bosch, que trata da atitude cristã: “E cremos que a fé que professamos é tanto verdadeira quanto justa e deve ser proclamada. Não o fazemos, todavia, como juízes ou advogados, mas como testemunhas; não como soldados, mas como mensageiros da paz; não como vendedores persuasivos, mas como embaixadores do Senhor Servo.”
Por um Brasil verdadeiramente feliz!

Material consultado
O Jornal Batista, edição 37, de 12/09/2010
História Concisa do Brasil. Autor: Boris fausto. Editora: Edusp.
Missão transformadora: Mudança de paradigma na teologia da missão. Autor: David Bosch. Editora: Sinodal.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Inevitável

Inevitável nossos sonhos, nossas vidas, ideais, não existem mais...
Nos restou conviver
Aceitar, somos simplesmente mortais, com medos reais
Espero contar com a minha sorte
Vou pedir pra Deus!
Com a certeza da incerteza do amanhã
Querer como se fosse a última vez
Inevitável nossas vidas, nossos sonhos irreais, só me confundem mais
E restou conviver
Sair sem saber a que horas vou voltar...se vou voltar
Espero contar com a minha sorte
Vou pedir pra Deus!
Com a certeza da incerteza do amanhã
Querer como se fosse a última
Como se fosse a última
Como se fosse a última vez

Espero contar com a minha sorte
Vou pedir pra Deus!
Com a certeza da incerteza do amanhã
Querer como se fosse a última
Como se fosse a última
Como se fosse a última vez
Como se fosse a última vez
Como se fosse a última
Inevitável, inevitável

CPM22
http://letras.terra.com.br/cpm-22/685053/ (com vídeo)

sábado, 11 de setembro de 2010

Cri, por isso falei.

Texto base: 2Co 4,6-15.
Tendo porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, 2Co 4.13

Testemunhar a fé cristã é missão de todo crente em Cristo. Missão significa encargo, dever. Vejamos quatro aspectos da missão:

1) Missão passa por remissão (2Co 4,6)
Quando Jesus resplandece em nossos corações, somos trazidos para a luz e recebemos o perdão pelos nossos pecados. Somos iluminados com o conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo, pela fé.

"Eu perdido pecador, longe do meu Jesus, já me achava sem vigor a perecer sem luz; meu estado Cristo viu, dando-me sua mão, e salvar-me conseguiu da perdição. Cristo me amou e me livrou. O seu imenso amor me transformou."

2) Missão passa por submissão (2Co 4,7)
Reconhecer que somos dependentes de Deus significa reconhecer que o tesouro é a mensagem do Reino de Deus, o Evangelho, e que nós somos apenas as vasilhas que carregam o tesouro. Note que as vasilhas são muito importantes, mas sua importância é levar o tesouro. Você é importante, mas o tesouro é a boa nova do Reino de Deus.

"Precioso é Jesus para mim! celeste prazer é Jesus conhecer! Precioso é Jesus para mim."

3) Missão passa por admissão (2Co 4, 8-12)
Quando recebemos a Cristo como Salvador, quando aceitamos o amor de Deus por nós, somos perdoados e nos colocamos disponíveis para seguir o modelo de amor-serviço ensinado por Cristo. E isto também significa encarar os sofrimentos de uma forma diferente. Como parte da vida, mas sem sentimento de derrota. Até o sofrer manifesta Cristo em nossa vida.

"Com valor, sem temor, por Cristo prontos a sofrer; bem alto erguei o seu pendão, firmes sempre até morrer!"

4) Missão passa por comissão(2Co 4,13)
Porque cremos falamos! Porque cremos, agimos de acordo. Somos enviados e toda vez que nos deparamos com situações reais da vida podemos mostrar, ou apontar, o Reino de Deus na face de Cristo.

"Santa paz e perdão! são as novas lá dos céus! Santa paz e perdão! É bendito o nosso Deus."

Deus seja louvado! Amém!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tom Só


Tom era tido como um bom rapaz, mas esta história trata do período em que Tom ficou conhecido por sua rebeldia. O tempo de obediência havia chegado ao fim.
O bom moço ficou com a cabeça “mexida”, conforme diziam sua parentela e alguns vizinhos, por causa de uma bela moça chamada Diva. Tom estava no seminário nesta época estudando para ser padre. Ao conhecer Diva e ficar muito amigo dela começou a mudar.
Deixou o cabelo crescer, ficava com o olhar perdido e às vezes estava tão desligado, que se quer respondia quando alguém falava com ele. Saía com Diva e só voltava tarde da noite. As pessoas começaram a dizer que este não era o comportamento de alguém que estudava para ser padre. Tom dizia que não estava fazendo nada de anormal e que Deus era seu juiz.
Diva era muito religiosa e não morava com seus pais, já que veio estudar na capital. Ela não tinha má reputação pelo contrário, fazia trabalhos de caridade e era intérprete de surdos, pois havia aprendido a linguagem de sinais. Tinha muito jeito com crianças e estas eram sua maior paixão. Ela se afastou da família de Tom quando percebeu o clima de animosidade que provocara. Até então freqüentava a casa do seminarista e era bem-vinda. O problema de Diva era sua instabilidade emocional. Ela ainda não havia encontrado seu grande amor e essa busca confundia sua cabeça. “Afinal de contas, será esse o escolhido?” pensava ela, e em meio a um mar de pretendentes a escolha ficava cada vez mais complicada. E Tom? Era um pretendente? A família do rapaz achava que sim e isto estragaria os planos da família e de Deus.
A situação estava cada vez mais complicada. Tom começou a ter discussões feias com seus pais, porque recusava-se a afastar-se de Diva. A pressão aumentava dia-a-dia. Finalmente, Tom resolveu que estava apaixonado e iria abandonar o seminário. O anúncio da decisão foi como um soco no estômago de sua mãe, segundo ela mesma declarou. O pai dizia para Tom: “Você será o responsável, caso sua mãe adoeça! Não vê o que está fazendo? A desobediência é pecado, você deveria saber bem disto.” Tom pensava que ficaria em paz, após o anúncio, porém isto não aconteceu. O rapaz ficou ainda mais perturbado. Não queria fazer adoecer sua mãe, mas também não queria deixar Diva. Os parentes já não conversavam mais com ele. O rapaz obediente tornou-se um rebelde.
Após Tom ter deixado o seminário, Diva revelou-lhe que amava outro. Neste ínterim sua mãe adoeceu gravemente e faleceu. Tom não foi ao funeral, pois havia partido para o Pará a fim de esquecer toda esta loucura, mas não conseguiu. A loucura o alcançou e até hoje ele perambula pelas ruas de Belém com seu olhar bovino e sem noção de mais nada. Repete o tempo todo “Tom Só”, nome pelo qual ficou conhecido na cidade e transformado em lenda por um cantador. “Tom Só. O Girassol sem Sol”.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Will Power

Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus, e disse: "Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à direita de Deus". Mas eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto apedrejavam Estevão, este orava: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". Então caiu de joelhos e bradou: "Senhor, não os consideres culpados deste pecado". E, tendo dito isso, adormeceu.
Atos 7, 57-60 (NVI).

O "episódio" Estevão inaugura a perseguição aos cristãos. É considerado o primeiro mártir. Após Estevão muitos outros cristãos seriam perseguidos, torturados e mortos. O pastor A. W. Tozer escreveu: "O Mártir ao saltar para a arena e exigir que o lancem aos leões juntos com seus sofredores irmãos na fé, é um exemplo da única espécie de dedicação que Deus aprova." Única espécie de dedicação que Deus aprova? Que pedrada, Tozer! Será que nós hoje temos essa dedicação? Dispostos a dar a nossa vida?

Temos o discurso de crentes dedicados, mas em muitos casos ainda precisamos passar do discurso para a prática. Mas isto requer sacrifício, esforço e comprometimento. Podemos resumir tudo isso dizendo que precisamos de WILL POWER! Ou seja, força de vontade. Força de Vontade para nos mobilizarmos como igreja para mostrar o Reino de Deus, para compartilhar a Graça. E isso extrapola as delícias do culto. É disposição para dizer: "Nossa igreja vai fazer a diferença aqui!" Requer, muitas vezes, abrir mão de nossos interesses (praia, shoping, etc.). Já pensou em doar suas habilidades em algumas horas do fim de semana? Aula de instrumentos, reforço escolar, inglês, ou qualquer outra coisa. Não sabe fazer nada? Coloque-se a disposição para ajudar. Quando cada um compartilha o que sabe a igreja cresce. Quando cada um é um crente dedicado, de verdade, a igreja cresce, faz diferença. Então, vamos nessa! Will Power!

"A realização de um sonho depende de dedicação. Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada encontra uma desculpa".
Paula Azevedo Palhete.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As Religiões no Rio (1904)

João do Rio é um dos pseudônimos do jornalista João Paulo Emílio.
Em 1904 ele publicou "As Religiões no Rio" uma série de reportagens descrevendo várias formas de culto.
Abaixo alguns trechos da visita dele a uma igreja Batista, cujo pastor era o, ainda solteiro, Pr. Soren.

Achei interessante ele ter comentado que a igreja era um resumo de todas as classes.

"Pelos bancos uma sociedade complexa, uma parcela de multidão, isto é, o resumo de todas as classes. Há senhoras que parecem da vizinhança, em cabelo e de matinée, crianças trêfegas, burgueses convictos, sérios e limpos, nas primeiras filas, operários, malandrins de tamancos de bico revirado, com o cabelo empastado em cheiros suspeitos, soldados de polícia, um bombeiro de cavanhaque, velhas pretas a dormir, negros atentos, uma dama de chapéu com uma capa crispante de lentejoulas (...) "

"E é uma coisa que se nota logo. A propaganda, a atração da Igreja é a música. Ganham-se mais fiéis entoando um hino que fazendo um sábio discurso cheio de virtudes. O Sr. Soren, o pastor calmo, irrepreensível, parece compreender os que o freqüentam, sem esquecer sua missão evangélica. E positivamente o professor. Sem o perfume dos hinários e sem aquelas letras negras da parede, a gente está como se estivesse numa aula de canto do Instituto de Música, ouvindo o ensaio de um coro para qualquer chêche mundana..."

No fim, falando do Pr. Soren:

"E eu saí encantado com a clara inteligência desse pastor, que espera calmo e virtuoso o fim do mundo, enquanto, à porta, o velho blandicioso distribui Purgatórios contra os padres e as moças."

Abaixo seguem os links para o livro, que é de domínio público.
http://pt.wikisource.org/wiki/Os_Batistas

O link para os outros capítulos do livro:
http://pt.wikisource.org/wiki/As_Religi%C3%B5es_no_Rio

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lamento em pentatônica menor

Cinco notas bastam para resumir a atonia desta segunda,
mas precisa ser em tom menor, que combina com a melancolia do momento.
Ai dos que querem ajudar e esbarram nos alicerces que são as pessoas em suas funções cristalizadas.
Ai daqueles que acreditam que mudanças ocorrem sem sofrimentos.
Ai daqueles que conhecem tais sofrimentos e ainda anseiam por mudanças.
Pior é, vencido, descobrir que os alicerces não devem, não podem, ser derrubados, porque eles ainda sustentam a estrutura da qual muitos dependem.
Fazer o quê então?
Vai lobo, segue teu caminho, procura outro lugar, porque aqui já não se pode mais nada.
Vai bobo, dar teu sangue em outro lugar, mas não perca tempo esperando reconhecimento, porque este é filho da propaganda e tu nada sabes de marketing.
Não sabes chorar. Tu sabes apenas rosnar e, às vezes, morder.
Vai embora, vai procurar uma matilha, porque entre os homens tu não podes mais viver.
A partida. Eis aí a última nota dessa escala!
Inspirado a partir do "Lobo da Estepe" de Hermann Hesse.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Iron Maiden e o Salmo 27


The Evil that Men Do (Dickinson, Harris, Smith)

Living on the razor's edge / Balancing on the ledge / You know, you know! / The evil that men do lives on and on

Tradução
O mal que os homens fazem

Vivendo no fio da navalha / Balançando no abismo / Você sabe, você sabe! / O mal que os homens fazem vive para sempre

Dos assassinos ocasionais aos assassinos em série (Chico Picadinho, Vampiro de Niterói, Maníaco do Parque, etc) parece mesmo que o mal que os homens fazem vive para sempre, como na música do Iron Maiden. As mortes são vistas diariamente nos jornais. A maldade parece dominar. Mães matando filhos recém-nascidos, homens matando e esquartejando mulheres, mortes por atropelamento causadas pela displicência de motoristas, bala perdida, etc. A lista de crueldades não tem fim. Dizem alguns: "Sempre foi assim e sempre será!" (novamente a música do Maiden). Alguns podem apelar para a Bíblia "o mundo jaz no maligno", por isso é assim, e sempre será, pelo menos até o dia do julgamento final quando tudo será consumido (pelo fogo?). Formulações que guardam alguma semelhança quanto ao fatalismo. Mas existe alternativa. O Reino de Deus anunciado por Jesus tinha uma dimensão de presente e uma dimensão de futuro. No presente ele já está sendo instaurado (construído), no futuro sua plenitude (realização máxima). Se está sendo construído, então não ficamos de braços cruzados, "devemos vencer o mal com o bem" e existem várias iniciativas neste sentido (de igrejas e iniciativas individuais). É uma visão otimista, melhor, realista. Então, vamos tomar iniciativas que mostrem o Reino de Deus. Pode ser na sua rua, no seu trabalho, na igreja, crendo que haveremos de "ver a bondade do Senhor na terra dos viventes". Quanto ao mal, que ele não nos paralize. Podemos viver no fio da navalha, ou na beira do abismo, enquanto andamos pela cidade, mas podemos dizer "O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?" (Sl 27,1). Um versículo apenas, de um salmo para ser lido por inteiro nesses dias violentos. E lido com confiança e exultação!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lembranças dos que se foram, ou links para memórias.


Precisava tirar xerox colorida e fui até uma papelaria no Engenho Novo, perto do tradicional colégio Pedro II. Enquanto a atendente fazia a cópia, me distraia consultando os itens do mostruário: Cortador de unha, “acho que vou levar um”; dados, dados? É. Dados. Lembrei que jogava futebol de botão com dados bem pequenininhos. Borrachas, canetas, lapiseiras... Voltei para as canetas. Vários modelos. Uma chamou minha atenção. Caneta esferográfica Pilot BP-S feita com um plástico azul claro e ponta metálica. A viagem no tempo: Na 6ª série usava essa caneta. Eu e meu amigo Sérgio. Escrevíamos com letras pequenas, para horror das professoras, e com a pilot ponta fina. Décadas depois lembro disso porque o Sérgio faleceu há dois anos e, coincidentemente, a uns 10 metros da minha casa! Já fazia muito tempo que não o via. Estava amanhecendo quando ouvi os tiros. Vi o corpo um pouco mais tarde quando saia para trabalhar, mas o cobriram com um pano. Não vi o rosto do morto. Só fiquei sabendo que era o Sérgio quando no intervalo para o almoço, lá no trabalho, ouvi as notícias. Falava do Sérgio morto por causa de algum problema com drogas. “Mais um”, pensei. Outro conhecido morto ainda jovem. Depois percebi uma diferença marcante entre as pessoas criadas em lugares marcados pela violência das outras. Estas últimas falavam dos seus amigos de infância e de alguns que ainda mantinham contato. No meu caso, sobraram poucos. Morreram muito cedo. Famílias desestruturadas, escolhas erradas e um ambiente carregado de más influências. Lamentável. Muito triste! Pelo menos hoje, muitos perceberam a necessidade de dar opções para os moradores de áreas carentes. Criaram projetos com esportes, informática, etc. O Estado, as ONGs, as igrejas, todos passaram a motivar os moradores principalmente os mais novos, mas ainda precisa melhorar muito.
Os links para as lembranças dos que se foram podem ser curiosos. Quando vejo uma sardinha frita, ou sinto o cheiro quando alguém está fritando, lembro da D. Leda. Era nossa vizinha e a cozinha da sua casa, no 2º andar, ficava numa posição favorável ao vento. Além disso, o fogão ficava perto da janela, de tal modo que ela podia cozinhar e observar o mundo lá fora. O cheiro das sardinhas fritas se espalhava e a D. Leda, quem diria, ficou conhecida pelo cheiro da sua sardinha! Faleceu de causa natural, assim como o Walter, meu tio. Quando ouço falar de Absalão lembro-me dele. Ele gostava de contar que a origem dos salões de beleza estava ligada diretamente a este personagem da Bíblia, filho de Davi e conhecido por sua beleza. Absalão era perfeito da cabeça aos pés e sua cabeleira pesava mais de 2 quilos, quando ele a cortava uma vez por ano. (2 Samuel 14,25-26). Daí segue que: Absalão (belo, cabelão, etc.), “abre salão”, que resulta em Salão de beleza. Viu? Óbvio? Walter ria contando isso. E por aí vai. “Chacrinha”, outro vizinho falecido, adorava frango assado, aquele de padaria. Símbolos que trazem da memória pessoas que conhecemos.

sábado, 24 de julho de 2010

Milton Hatoum - "Chato"

Milton Hatoum é considerado pela crítica um dos grandes escritores da nova geração da literatura brasileira. Já tinha curiosidade de ler, faltava a oportunidade. E ela surgiu quando encontrei o "Relato de um Certo Oriente" em um sebo. Livro em ótimo estado e por apenas R$5,oo! O livro novo vale uns R$20,oo. Libertei o autor do sebo e comecei a ler. Tecnicamente impecável, mas uma história muito chata. O começo é confuso e com um montão de personagens. Terminei a leitura na sexta, mas confesso que quase desisti. Conta a história de uma família de libaneses em Manaus na visão de uma mulher da família, que volta depois de muito tempo e vai acessando sua memória. Já leu? Comente. Passei o livro adiante na sexta mesmo. Hasta la Vista Milton! Talvez eu dê uma chance e leia um outro livro dele, se surgir a oportunidade.

sábado, 17 de julho de 2010

Visite: releituras.com

Um site da internet que visito: http://www.releituras.com/

Página bem legal sobre literatura, com biografias dos autores e amostras de textos.

Invista um pouco de tempo em conhecer alguns autores, você não vai se arrepender!

Estereótipos e Máscaras

Estereótipo. Índio é preguiçoso, baiano também. Carioca é malandro, paulista é trabalhador. E o evangélico? Evangélico é "não pode". É assim que os evangélicos são vistos. Alguns se espantaram quando o jogador Kaká xingou por não ter feito aquele gol contra a Holanda. Alguns brincavam: "Ué, ele é evangélico. Não pode xingar!". A expulsão do mesmo jogador na partida contra Costa do Marfim também gerou polêmica. Kaká, o bom garoto, está virando bad boy? Mas ele é evangélico! Não pode! Evangélico é tido como aquele que não pode fazer o que os outros fazem. Vira escândalo. Alguns ainda dizem que evangélico não pode ir à praia - é verdade para alguma denominação. No passado era o cinema, ou até ver (ouvir) novela. Era tabu.

Participei de um bolão no trabalho com palpites para os jogos da Copa de 2010. Encaro como brincadeira, mas é fato que o ganhador do bolão recebeu uma quantia considerável. Nesse foram R$976,50 (com 94 participantes). O mais legal é que venci! Ganhei o prêmio e prontamente começaram as brincadeiras. Evangélico pode jogar? Pode não! Bom, se entre os não-evangélicos é assim, também o é entre evangélicos. Na verdade, nós evangélicos construímos essa imagem. Somos vistos simplesmente como aqueles que seguem uma lista de proibições. Evangélico não joga, não bebe, não fuma, não frequenta boates, barzinhos, etc. Ser evangélico é isso. É "não pode".

Sou um evangélico típico. Apesar de ter participado do bolão, o jogo por dinheiro não faz parte da minha rotina, bem como as demais proibições (ok, talvez já não seja tão típico, afinal eu joguei!). Porém, fico muito chateado com essa imagem. Parece que evangélico está além da humanidade, o que é uma bobagem. Evangélico é gente e "gente faz o que gente faz". Erra e acerta. Somos vistos, em muito por nossa culpa, apenas como aqueles que são proibidos de fazer. Não erramos e não pecamos como os outros mortais. Não somos do mundo, conforme o evangeliquês corrente. Uma terrível redução do que é um evangélico.

Máscaras. O convívio nas igrejas, por outro lado, nos mostra como somos do mundo. Invejas, ciúmes, fofocas, disputas por cargos (leia-se poder), por reconhecimento, até intrigas! Contudo, isso acontece sem que os autores assumam a falha. Pior é quando ainda insinuam que seus opositores é que não estão de acordo com a vontade de Deus. Discurso usado também pelos adversários. Mas a máscara continua lá. Mantém-se firme o rótulo do evangélico padrão. Há uma igreja diferente dessa? Uma onde só haja virtudes? Acho que não, pelo simples fato de ainda "estarmos a caminho". Ainda estamos aprendendo.

Deveríamos enfatizar que ser evangélico não se resume a uma lista de proibições. Não existe super crente! É difícil porque nessa frente temos evangélicos loucos para ver algum irmão fazer o que é considerado tabu e dizer: "Você não é evangélico? É escândalo!" e os não-crentes que usam esta mesma imagem para se divertir: "Evangélico não pode!". E então quando criamos um padrão que poucos, talvez ninguém, consiga seguir integralmente, baseado em proibições, estimulamos uma vida dupla dos crentes, ou criamos um molde tão apertado que corre o risco de tornar-se um fardo. Mas Cristo não nos libertou? Deveríamos admitir mais vezes que estamos todos aprendendo e afrouxar um pouco "as mãos que estão nos pescoços uns dos outros". Isto não significa uma perversão total, mas admitir, junto com todas as consequências que isso traz, que não somos perfeitos. Eu não sou e por isso sigo Jesus.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil perdeu para Holanda e eu Criei um blog!

Olá!
Sexta-feira. Após a derrota do Brasil na Copa para Holanda criei este blog.
Vi o jogo, e a tristeza de muitos, no trabalho. E agora? Quem levará o almejado
título? :O(

Não tinha tempo antes para escrever em um blog. Acho que tenho agora.
Vamos ver. Por ora, vou torcer para o Uruguai passar por Gana!
Um abraço.