terça-feira, 31 de julho de 2012

O Deus que Falhou (do Metallica)

É uma música do Black Album, The God that failed. O autor inspirou-se na sua mãe, que faleceu de câncer, após recusar tratamento médico alegando que Deus a curaria. A música é de revolta e culpa Deus pelo falecimento. Entendo a revolta, mas infelizmente a culpa é de uma leitura da Bíblia. Digo de "uma", porque existem várias formas de ler (interpretar) a palavra de Deus. Uma que gera morte e não vida deve ter algum problema, porque a verdade que liberta é uma mensagem de vida e não de morte. Infelizmente ao longo da história os textos bíblicos geraram morte em vez de vida. A culpa não é de Deus é nossa, com nossa leitura cheia de "justiça" e de "verdade" aos nossos próprios olhos. Que Deus tenha misericórdia de nós! E que as pessoas possam encontrar cura pela própria Palavra quando encontrarem pessoas que a usem para gerar vida em vez de morte.

Letra e tradução da música:
Sobre a história por trás da música:

Obs.: Tenho colocado o marcador "Teometal" nos posts que tratam de olhar as músicas do Heavy Metal sem interpretá-las em primeiro lugar como músicas do demônio, como é a praxe no meio evangélico. Tenho procurado entender o que essas pessoas estão dizendo nas suas letras com sentimentos como raiva, angústia, vazio e que muitas não encontraram resposta num Deus apresentado a elas. Isto sem negar que para muitas bandas o ocultismo e outras formas de religião foi a escolha feita.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Black Album

Album do Metallica, sucesso de vendas! De fato, depois de mais de 10 anos continua impressionante! Só tem música boa (pra quem gosta desse estilo, claro). Músicas como Unforgiven, Nothing Else Matters, Sad but True, que tocaram muito na época estão nele. Os riffs de guitarra são marcantes e sem dúvida viraram referência. Meu amigo Guttemberg, dizia que o Metal (Rock) é a cara dos tímidos. :O)
Pode ser. Agora deixa eu aumentar o volume. rsrs.
Somzêraaaa!
Inté.

sábado, 21 de julho de 2012

Rally-X

Costumava jogar num fliperama perto da minha casa na década de 80. O jogo é bem simples, pegar as bandeiras num labirinto, enquanto foge dos carros inimigos. A jogabilidade é ruim, mas na época era tudo de bom. Rsrsrs.
Ainda é divertido. Segue o link:
http://jogosonline.uol.com.br/rally-x_4709.html

domingo, 15 de julho de 2012

O Estrangeiro

Seguindo pelo caminho das curiosidades literárias, acabei de ler este livro de Albert Camus. Mais um na edição de bolso (Editora: Bestbolso). Esse vem acoplado com uma outra obra do autor: A Peste. O Estrangeiro é um romance curto, apenas 112 páginas nessa edição. O autor pertence ao círculo do Absurdo e essa história dá uma boa amostra. É sem pé-nem-cabeça, em linguagem popular e "natural e inverossímil" para os eruditos. Meursault, o protagonista, é envolvido em um assassinato e o clímax da história está justamente no seu julgamento. O autor direciona o leitor para o acaso na vida Meursault, um homem que parece indiferente a vida, mas que na verdade apenas recebe tudo que ela traz de forma natural (as coisas boas e as más). Principalmente, ele gosta do mar e de dias ensolarados. Lembrei do conceito de ataraxia, nas minhas aulas de introdução à Filosofia, enquanto lia o livro. :O) A presença de dois religiosos (um capelão e um padre) tentando levar Meursault a Deus beira a caricatura. Meursault não crê em Deus e para ele faz todo sentido, enquanto para um religioso é justamente o contrário.
Curiosamente, Albert Camus morreu num desses eventos "naturais e inverossímeis". Faleceu num desestre de automóvel, porque aceitou um convite de última hora para uma carona. Já tinha inclusive passagens compradas! Um outro amigo recusou o convite e Camus foi. Foi mesmo!
Camus era doutor em Filosofia, mas segundo o prefácio de Manoel da Costa Pinto O Estrangeiro não é uma obra para espelhar sua filosofia. Tenho cá minhas dúvidas sobre isso. Até o próximo post, amiguinhos. rsrsrsrs.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lendas e mitos judaicos D'além mar

Fonte: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG
https://www.ufmg.br/nej/maaravi/artigoreuven-exilio.html

A lenda abaixo foi usada por Umberto Eco no seu romance "Baudolino". O artigo, do historiador Reuven Faingold, apresenta outras. Uma delas, a do reinado do Preste João também foi utilizado por Eco no romance citado acima.
As dez tribos perdidas de Israel
O destino das dez tribos perdidas durante o cativeiro assírio gerou inúmeras teorias, todas elas polêmicas e especulativas. A fértil imaginação romântica foi estimulada por narrativas pouco prováveis que, testadas por métodos científicos, permitiram reconstruir fatos mais ou menos documentados sobre a existência e o destino dessas dez tribos de Israel.
O relato dessa lenda começa depois que judeus do Reino de Israel (exceto as tribos de Benjamin e Judá) foram levadas em cativeiro pelo rei Salmaneser no século 8 a.C. O texto do Livro II dos Reis 18:11 relata que "o rei da Assíria levou Israel para Assíria e os colocou em Chalah e Chabor, as margens do rio Gozan, e nas cidades medas". Durante toda a Idade Média e início dos tempos modernos, a descoberta das dez tribos perdidas era permanentemente anunciada por viajantes e cronistas judeus. Provas de sua existência foram registradas, mencionando-se judeus em lugares recônditos como China, Japão, Sudão, Azerbaijão, Abissínia, Daguestão, Índia e nas regiões do Novo Mundo. Judeus espalhados pelas comunidades de Kaifeng, khaibar, Cochim, Ormuz, Criméia, Sahara, Bombaim e Iêmen, seriam também uma parte inseparável do povo de Israel misteriosamente oculto no tempo e no espaço.
No primeiro livro das *Antiguidades de Israel*, Flavio Josefo afirma que essas dez tribos tenham habitado às margens do rio Eufrates. Esse argumento do mais antigo historiador judeu foi mantido como verdadeiro até o século 9. Porém, tudo mudou com a aparição de Eldad El-Dani, um judeu que visitou comunidades na Babilônia, ao norte da África e na Espanha. El-Dani afirmava ser descendente de uma comunidade situada ao leste da África, um lugar no qual moravam algumas das dez tribos: Asher, Gad, Naftali e Dan. Suas palavras despertaram o interesse dos israelitas nas várias comunidades; semeando fortes esperanças messiânicas; pois, segundo a tradição judaica, as profecias não se realizarão enquanto não se concretize a congregação dos remanescentes de Israel, e dessa forma, possa ser presenciada a sonhada Redenção.
A maioria dos rabinos, sedentos dessa redenção, acreditou piamente nas afirmações de El-Dani e suas revelações encontraram boa repercussão fora do mundo judaico. Judaísmo e Cristianismo ficaram intrigados. Com raízes no ocidente, essas religiões precisavam saciar uma forte efervescência messiânica acumulada através dos tempos. A cristandade ficou maravilhada com a lenda das chamadas "Dez Tribos Perdidas" e se envolveu por completo nessa fascinante aventura a procura da Salvação. O Judaísmo, também, acompanhou de perto essa constante busca de seus remanescentes.

sábado, 7 de julho de 2012

Jerusalém, uma cidade, três religiões

Terminei de ler mais esse "pesadão" da Karen Armstrong. Como sempre, mais um bom livro dela. Esse deixa uma sensação desagradável ao ver tanta violência em nome da religião e a certeza de que não precisava nada disso. Para aqueles que conhecem a Bíblia é uma ótima leitura para saber o que aconteceu depois com Jerusalém. Os desdobramentos não são nada agradáveis, mas a autora deixa aberto a possibilidade da paz em Jerusalém, desde que cristãos, judeus e palestinos ponham em prática a compaixão, que é recomendada nos textos sagrados dos três grupos. Tarefa difícil dado o passado, porém necessária. Jerusalém, construída e destruída tantas vezes por causa do egoísmo e fanatismo de muitos. De intolerância de todos os lados. Triste. Realmente triste. Houve alguns momentos de paz no passado, quem sabe aconteça novamente. Inté.