domingo, 15 de julho de 2012

O Estrangeiro

Seguindo pelo caminho das curiosidades literárias, acabei de ler este livro de Albert Camus. Mais um na edição de bolso (Editora: Bestbolso). Esse vem acoplado com uma outra obra do autor: A Peste. O Estrangeiro é um romance curto, apenas 112 páginas nessa edição. O autor pertence ao círculo do Absurdo e essa história dá uma boa amostra. É sem pé-nem-cabeça, em linguagem popular e "natural e inverossímil" para os eruditos. Meursault, o protagonista, é envolvido em um assassinato e o clímax da história está justamente no seu julgamento. O autor direciona o leitor para o acaso na vida Meursault, um homem que parece indiferente a vida, mas que na verdade apenas recebe tudo que ela traz de forma natural (as coisas boas e as más). Principalmente, ele gosta do mar e de dias ensolarados. Lembrei do conceito de ataraxia, nas minhas aulas de introdução à Filosofia, enquanto lia o livro. :O) A presença de dois religiosos (um capelão e um padre) tentando levar Meursault a Deus beira a caricatura. Meursault não crê em Deus e para ele faz todo sentido, enquanto para um religioso é justamente o contrário.
Curiosamente, Albert Camus morreu num desses eventos "naturais e inverossímeis". Faleceu num desestre de automóvel, porque aceitou um convite de última hora para uma carona. Já tinha inclusive passagens compradas! Um outro amigo recusou o convite e Camus foi. Foi mesmo!
Camus era doutor em Filosofia, mas segundo o prefácio de Manoel da Costa Pinto O Estrangeiro não é uma obra para espelhar sua filosofia. Tenho cá minhas dúvidas sobre isso. Até o próximo post, amiguinhos. rsrsrsrs.

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