sábado, 28 de abril de 2012

Metallica, Maiden e o Evangelho de Judas

"Judas be my Guide" e "The Judas Kiss" são músicas do Iron Maiden e Metallica, respectivamente. O que elas têm em comum? Exaltam a figura de Judas, o apóstolo que traiu Jesus. As letras e traduções são facilmente encontradas na internet. Sentimentos de vazio, raiva, frustração são orientados, nessas músicas para Judas, o traidor, que agora transforma-se em "padroeiro" das pessoas que se identificam com tais sentimentos, considerados "negativos" pela maioria. Nessas letras não se quer evitar esses sentimentos, antes, quer-se conviver com eles, dar vazão a eles e identificá-los com um personagem, um ícone para tais atributos: Judas.
Em 2006 foi divulgado O Evangelho de Judas. Presume-se, uma produção do século II, por gnósticos. Nesse evangelho Judas é considerado como o único que realmente compreendeu a missão de Jesus. A traição nesse Evangelho é vista como libertação. Judas liberta Jesus de seu corpo físico, visto como algo ruim pelos gnósticos. Ou seja, Judas seria um héroi e não um traidor.
Para os cristãos, com a função tradicional de Judas, sentimentos de vazio, abismo, ódio, etc. deveriam dar lugar a sentimentos de plenitude liderados pelo amor. Em vez de exaltar sentimentos "negativos" numa catarse para (ex)purgá-los, opta-se por sua substituição pela presença de Cristo e Seu Espírito Santo, que nos vivifica e nos purifica. Como na oração de S. Francisco: "onde houver ódio, que eu leve o amor." E mais, O corpo não é algo ruim. É dádiva de Deus e a vida em plenitude começa aqui, ainda que incompleta.
A vida é boa, apesar de tudo e como se diz por aí: Só Jesus Cristo salva, mas o rock (como catarse) alivia. rsrsrs.
Inté.

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